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Um bebê com a pele amarelada para post sobre icterícia neonatal

O que a icterícia pode causar no bebê?

Primeiro de tudo, você precisa saber que a Icterícia neonatal é uma doença que deixa a pele do bebê amarelada e, embora exija cuidados simples, não deve dispensar acompanhamento médico.

A principal causa de icterícia no bebê é fisiológica, e surge devido à incapacidade do fígado de metabolizar e eliminar a bilirrubina, por estar pouco desenvolvido. Em geral, não é uma causa preocupante, e o tratamento pode ser feito com fototerapia.

A bilirrubina é um pigmento de cor amarela produzido pela degradação das células sanguíneas do corpo, sendo, em seguida, captada pelo fígado onde é conectada a proteínas e eliminada junto com a bile pelo intestino. Por isso, alterações em qualquer uma destas fases podem provocar a elevação deste pigmento no sangue e, consequentemente, na pele do bebê.

Geralmente, este problema surge no segundo dia de vida, e a coloração amarelada da pele avança da cabeça em direção aos pés, sendo então observada primeiramente no rosto, depois no tronco e posteriormente nos pés. Pressionar ligeiramente o peito do bebê é uma boa forma de identificar a icterícia fora do hospital. Se a região pressionada ficar amarelada deve-se entrar em contato com o médico para iniciar o tratamento.

Apesar de nem sempre a icterícia ser uma condição grave ou com sérias consequências, o tratamento adequado é necessário porque, quando o nível de bilirrubina no sangue está muito alto, pode causar lesão cerebral, uma condição chamada kernicterus.

O tratamento da icterícia é feito com a fototerapia, ou nos casos mais graves, com exsanguineotransfusão.

O que pode causar a icterícia?

A icterícia do recém-nascido – ou neonatal – é um problema frequente, e as causas mais comuns incluem:

Icterícia fisiológica: surge após 24 a 36 horas do nascimento, pois o fígado do bebê está pouco desenvolvido e pode apresentar dificuldades em transformar e eliminar a bilirrubina;

Destruição aumentada das células do sangue: é uma causa grave de icterícia, que acontece devido a doenças sanguíneas como anemia falciforme, esferocitose ou anemia hemolítica, que pode ser provocada pela incompatibilidade do sangue do bebê com o da mãe.

Icterícia do leite materno: surge em bebês que estão em amamentação exclusiva, geralmente, após cerca de 10 dias do nascimento. Ocorre devido ao aumento de hormônios ou substâncias do sangue que elevam a reabsorção de bilirrubina no intestino e dificultam a sua eliminação, apesar de suas causas ainda não serem totalmente esclarecidas;

Doenças do fígado: costumam ser doenças hereditárias, como síndrome de Crigler-Najjar, síndrome de Gilber e doença de Gaucher, por exemplo;

Doenças congênitas: podem ser provocadas durante a gravidez, como rubéola ou hipotireoidismo congênito;

Deformidades nas vias biliares;

Infecções por vírus ou bactérias.

Quanto tempo demora para curar a icterícia?

O tempo de cura depende do tratamento escolhido pelo médico do bebê. Por exemplo, a fototerapia é feita com o bebê num pequeno bercinho, usando somente fralda, exposto a uma luz especial. Enquanto o bebê estiver exposto a esta luz fluorescente, ele deve permanecer com os olhos vendados por uma máscara protetora.

Nos casos mais leves o pediatra pode recomendar que o bebê fique exposto ao sol diariamente, de manhã, ou quando o sol estiver mais fraco (sempre antes das 10h e depois das 16h). Este tratamento pode durar 2 dias e o tempo de exposição à luz pode variar de 15 a 30 minutos de cada vez.

A amamentação é também uma ótima forma de complementar o tratamento, normalizando a cor do bebê mais rápido, pois reduz a reabsorção de bilirrubina no intestino uma vez que o bebê que está mamando bem, evacua com maior frequência. 

Mesmo para os casos raros de “icterícia do leite materno”, a amamentação não deve ser interrompida, e a melhora ocorre em algumas semanas.

Nos casos mais graves, como as de causa infecciosa, congênita ou genética, o tratamento é específico de acordo com a causa, orientado pelo pediatra, durante a internação hospitalar, e podendo envolver uso de antibióticos, corticoides, hormonioterapia ou, nos casos de bilirrubina muito elevada, a exsanguíneotransfusão, que ajuda a remover mais rapidamente a bilirrubina do sangue.

Em caso de dúvidas, consulte sempre o seu pediatra de confiança.

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Sobre a Dra. Anita

Prazer, eu sou a Anita! Sou médica pediatra formada há 10 anos pela Faculdade de Medicina da USP e associada a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
Me dedico ao cuidado da saúde das crianças, diagnosticando e tratando doenças, mas, sobretudo, orientando sobre a prevenção de problemas de saúde.
Minha missão é garantir uma infancia saudavel e com bons hábitos, para que tenhamos no futuro adultos também saudáveis e livres de doenças crônicas.

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