A linguagem é a habilidade de compreender e criar conceitos mentais de tudo o que é aprendido. Por exemplo: ao ser apresentada várias vezes a uma bola, quando for solicitada à criança que pegue a bola, ela saberá que o termo “bola” se refere a um brinquedo redondo e que pula. É importante lembrar que cada criança tem suas particularidades, mas em geral há etapas semelhantes a serem cumpridas de acordo com a idade e o desenvolvimento cognitivo.
O presidente do Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da SBP, Dr. Ricardo Halpern disse em um artigo da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre a importância da habilidade e quais são suas etapas:
“É a função mediadora de todas as outras. Através dela, a criança consegue se expressar, se comunicar, se adaptar ao seu meio. Em geral, as crianças começam a colocar as primeiras palavras em torno de um ano de vida; articulam suas frases com dois; e existe o que chamamos de sinal de alerta, quando a criança, aos 12 meses, não emite nenhum som ou nenhuma palavra; ou quando aos 24 meses não constrói as frases. Isso não é necessariamente sinônimo de patologia, mas uma investigação cuidadosa se faz necessária, para que se verifique o que está causando aquele sintoma ou atraso de uma habilidade que já deveria ter sido adquirida.”
O estímulo pode ser feito com conversas, brincadeiras e diversas outras formas que se encaixem melhor na rotina da família.
Quando o bebê começa a falar?
É normal surgirem dúvidas a respeito do desenvolvimento da linguagem dos pequenos, então vamos analisar rapidamente algumas fases:
1o ao 3o mês de vida: A comunicação com as pessoas ao seu redor é basicamente através de variações de entonação do choro e dos sons por ela emitidos, mais evidentes a partir da 3a semana de vida, conseguindo indicar quando está com fome, sono ou a cólica, por exemplo.
4o ao 6o mês de vida: A partir do 4o mês de vida, a criança passa a emitir mais sons, mexendo a boca e variando a voz, como se ela estivesse preparando-se para as primeiras palavras que em breve virão.
7o mês ao 1o ano de vida: Passa a ser mais frequente a produção de consoantes de “m”, “b”, “p” em sílabas e junções ainda sem significado, como “angu” e “mamamama”.
1 a 2 anos: A criança começa a falar as primeiras palavras com significado, como “mamãe” e “papai”. Isso não é por acaso, pois estas palavras têm uma grande importância na vida do bebê, por terem sido frequentemente apresentadas a ele e pelo fato de ambas serem formadas por consoantes cujos sons são de fácil produção.
Problemas de audição, alterações neurológicas ou da língua podem ser alguns dos fatores para o atraso na fala. A falta de estímulo verbal dos familiares também deve ser levada em consideração, já que as crianças aprendem a falar sendo estimuladas a repetir as palavras e sons.
ATENÇÃO AOS SINAIS
- Se com um ano a criança não emitir nenhum som e com dois não conseguir construir frases;
- Não reagir aos sons e nem tentar repeti-los;
- Preferir gestos para se comunicar;
- Tom de voz anormal ou anasalado.
Permaneça em contato com o seu médico de confiança e se precisar de uma consulta, conte com a Dra. Anita!