Antes de tudo, é importante entendermos o que é o refluxo. O refluxo gastroesofágico é caracterizado pelo retorno de conteúdo gástrico para o esôfago, atingindo, algumas vezes, a faringe, a boca e as vias aéreas superiores. Esse refluxo pode ser fisiológico (normal) ou representar uma doença.
O refluxo fisiológico é muito comum nos bebês. Acontecem as regurgitações ou “golfadas” que não se associam à redução no ganho de peso ou outras manifestações clínicas. A criança sorri, ganha peso, cresce, se alimenta bem e não demonstra incômodo após a ingestão do leite. Isso acontece porque a válvula que fica acima do estômago não funciona tão bem nos pequenos. Com qualquer movimento, aumento da pressão abdominal ou posição diferente, o leite consegue voltar com mais facilidade e alcança a boca do bebê.
Já no refluxo patológico, observamos que o bebê tem dificuldade de ganho de peso, recusa as mamadas e chora bastante após a ingestão. Habitualmente, o bebê fica mais irritado e inquieto e pode ter necessidade de realizar exames complementares e tratamento médico.
Como aliviar o refluxo do bebê?
Claro que você pode ajudar o seu bebê a se sentir menos desconfortável. Veja alguns exemplos:
- Troque a fralda antes da mamada, ou espere a digestão completa para a troca. Agitar o bebê sendo para trocar, brincar ou passear aumenta o risco de o leite voltar.
- Na hora de mamar, coloque o bebê em posição um pouco mais vertical. Assim, a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se ele estivesse totalmente deitado.
- Coloque o bebê para arrotar após o aleitamento.
Estes pequenos ajustes já podem ajudar o seu bebê.
Quando o refluxo é considerado grave?
Normalmente, o refluxo fisiológico melhora após os 3 meses, mas o patológico pode não melhorar sem tratamento e pode ainda estar associado à alergia alimentar.
É sinal de atenção quando a frequência, a duração e a quantidade do material refluído são elevadas e associam-se a alguns sintomas. Entre eles estão recusa alimentar, dificuldade respiratória, episódios de bradicardia (redução do ritmo cardíaco), anemia, irritabilidade excessiva, ganho de peso insatisfatório e choro constante.
O tratamento destes casos graves deve ser acompanhado por um pediatra e/ou gastroenterologista.
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