As reações musculares involuntárias que ocorrem após um determinado tipo de estímulo acontecem com todos os seres humanos. Por exemplo, quando queimamos o dedo com um fósforo, imediatamente afastamos nosso membro na direção oposta ao fogo. Quando algum objeto vem em nossa direção, nossa reação instintiva e imediata é colocar as mãos e os braços à frente do rosto.
Em especial, os bebês apresentam uma série de reflexos que são exclusivos a eles. Também são sinais que contribuem para a avaliação do estado de saúde da criança. Conforme ela cresce, menos reflexos terá – embora alguns permaneçam presentes até mesmo durante a vida adulta e a terceira idade.
A maior parte das atividades que o bebê fará nas primeiras semanas de vida são puramente reflexos. Quando você põe o seu dedo na boca do bebê, ele não “pensa” no que fazer, mas começa a chupá-lo por puro reflexo. Ele já nasce com estas “respostas automáticas”. Algumas delas o acompanham por alguns meses, outras somem em algumas semanas.
Embora você possa pensar que o seu bebê é completamente indefeso, ele, na realidade, tem vários reflexos de defesa própria.
Como avaliar os reflexos?
Para avaliarmos os reflexos é necessário entendermos um pouco sobre cada um deles. Vejamos os principais:
Reflexo de Moro: funciona como um “susto”, embora não seja exatamente o que conhecemos dessa forma. O reflexo de Moro acontece quando o bebê, diante de um barulho ou de um movimento súbito, como deixar cair a cabeça para trás, por exemplo, estica as pernas, abre os braços e fecha-os rapidamente. Ele tende a desaparecer por volta do segundo ou do terceiro mês.
Reflexo da marcha automática: ao segurar o bebê pelas axilas e colocá-lo em pé em um plano reto, a resposta do bebê deve ser a de esticar e flexionar os dois pés e movimentá-los alternadamente, como se tentasse andar.
Reflexo de sucção: quando se toca levemente na boca do bebê, ele a abre e começa a sugar o objeto, sejam os seios da mãe ou os próprios dedos. Este é um tipo de reflexo muito comum e que costuma desaparecer com o tempo também, embora varie de criança para criança.
Reflexo de Galant: ocorre com o bebê deitado de barriga para baixo. Quando tocamos em sua barriga e a percorremos com as mãos pelo lado esquerdo, a criança tende a virar-se para esse lado. Se tocamos no lado direito, é para a direita que o bebê vai virar.
Reflexo tônico do pescoço: este é induzido quando a cabeça da criança, que está relaxada e geralmente deitada de costas, é girada para o lado. O braço na direção para a qual o bebê está virado é estendido imediatamente com a mão parcialmente aberta, enquanto o braço do outro lado é flexionado com o punho cerrado. Invertendo a direção para a qual o rosto está virado, inverte-se também esta posição.
Reflexo de apreensão: ocorre quando colocamos um dedo na palma da mão aberta do bebê. A mão, então, se fechará em torno do dedo. A tentativa de remover o dedo faz com que o bebê o agarre ainda mais forte.
Reflexo fundamental: ocorre quando tocamos a face do bebê, que virará para o lado em que ele foi tocado e começará a fazer movimento de sucção com a boca.
Reflexo de paraquedas: ocorre em bebês um pouco mais velhos e é induzido quando seguramos a criança na posição vertical e giramos seu corpo rapidamente com o rosto para frente (como se estivesse caindo). Os braços, então, ficam estendidos como se fossem amortecer a queda.
Assim fica mais simples de entender, não é mesmo? Caso ainda esteja com dúvidas sobre os reflexos do seu bebê, fale com o seu pediatra.