A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que a introdução alimentar aos sólidos tenha início a partir dos 6 meses de vida. Antes disso, a amamentação deve ser o único alimento.
A alimentação complementar deve ser introduzida de forma lenta e gradual, respeitando o desenvolvimento do bebê. É natural que, no começo, a criança estranhe e até recuse determinados alimentos, pois trata-se de uma experiencia totalmente nova para ela. Pense em você; como pode ser estranho experimentar algo novo. Para a criança, trata-se da mesma sensação, tendo em vista que o único alimento que ela conhecia era o leite (materno ou fórmula). Segundo informações do Ministério da Saúde, é necessário que se apresente o alimento cerca de oito vezes para que a criança o aceite.
O ideal é oferecer uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto macro (proteínas, carboidratos e gorduras) quanto micro (ferro, zinco e vitaminas). Para isso, é preciso unir representantes dos quatro grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos.
Não se recomenda bater os alimentos no liquidificador para não deixar a comida muito fina, nem misturar os grupos. É necessário que a criança experimente novas texturas, sabores e aprenda a mastigar, para que assim, desenvolva a discriminação do sabor dos alimentos e movimentos da mastigação.
A alimentação do bebê até um ano de idade deve ser composta de produtos naturais e isentos de açúcar, sal ou qualquer outro industrializado. É muito importante que até os 2 anos não se ofereça frituras, enlatados, refrigerantes, doces, café, salgadinhos e açucares. Sempre dê preferência aos temperos naturais.
Na hora de comer, evite distrações. Prefira oferecer os alimentos sentados à mesa, tornando o momento um ritual prazeroso da família. Se alimentar é mais do que ingerir nutrientes, é uma experiencia social importante. Atenção ao que vai à mesa, se você não deseja que seu filho coma, não oferte.
Qual deve ser o primeiro alimento do bebê?
A alimentação deve ser variada, por isso é interessante oferecer opções diferentes a cada dia. Se um dia a hortaliça apresentada foi a cenoura, tente outra no dia seguinte. Isso vale também para as frutas.
No início, a consistência deve ser pastosa e ir se solidificando gradativamente. Amasse com o garfo e lembre-se que não é necessário passar o alimento na peneira ou no liquidificador. Para começar a jornada da introdução alimentar, ofereça duas papas de frutas e uma de legumes diariamente durante o primeiro mês. A papa de legumes deve conter um alimento de cada grupo alimentar como citado anteriormente. Mantenha-os separados para que o bebê possa explorar e conhecer.
Perto do primeiro ano de vida, a criança já pode comer a refeição na mesma consistência da família. Lembre-se de oferecer água filtrada nos intervalos das refeições e, se possível, mantenha o aleitamento materno em livre demanda. Respeite os limites da criança e estabeleça um bom relacionamento neste momento prazeroso de descobertas.
O Ministério da Saúde disponibiliza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos” online em PDF para consultas. Caso você precise de acompanhamento pediátrico, entre em contato com a Anita Pediatra.