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Um bebê no chão com uma mamadeira

Fórmulas e Composto Lácteo Infantil: em que diferem?

Neste artigo, vamos falar sobre a diferença das fórmulas e compostos que podem substituir o leite materno na ausência dele.

Devemos lembrar que o leite materno deve ser o único alimento nos seis primeiros meses de vida. Além de suprir integralmente às necessidades nutricionais para o crescimento e o desenvolvimento, ele protege contra as doenças infecciosas e alérgicas e favorece o estabelecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho. O aleitamento materno deve ser promovido e incentivado pelo profissional de saúde, seguindo as premissas da lei, descritas no artigo 22 do Decreto n. 9579 de 22 de novembro de 2018: “Os profissionais de saúde deverão estimular e divulgar a prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e continuado até os dois anos de idade ou mais.”

No entanto, em algumas situações, o aleitamento materno não é possível, e faz-se necessário utilizar seus substitutos, especialmente no primeiro ano de vida, fase de crescimento acelerado e que exige aporte adequado de proteínas de alto valor biológico e cálcio.

Na prática clínica, há inúmeras situações cotidianas que dificultam o sucesso do aleitamento exclusivo, mas a prescrição de substitutos deve ocorrer apenas após se esgotarem as possibilidades de manter a amamentação de forma parcial ou total. Existem diversos recursos disponíveis para a manutenção do aleitamento materno e até mesmo para a relactação, e uma boa relação com o pediatra assistente da criança poderá proporcionar o possível para manter essa via primordial de alimentação.

No Brasil, existem mais de 30 tipos de compostos lácteos registrados e nem todos são desenvolvidos para os requisitos nutricionais de crianças maiores de 1 ano, e é preciso atentar-se aos rótulos identificando os que atendem as necessidades desta faixa etária. Após os 12 meses de idade, a criança apresenta características metabólicas, enzimáticas e fisiológicas do sistema gastrointestinal que a capacita para receber alimentos de todos os grupos alimentares preparados na mesma forma e consistência dos consumidos pela família.

Nessa fase, há redução da velocidade de crescimento longitudinal e do ganho de peso, o que leva a criança fisiologicamente a comer menos. Esta característica normal da redução do consumo alimentar pode ser interpretada como diminuição do apetite ou alguma dificuldade alimentar, como a seletividade e neofobia (dificuldade em aceitar alimentos novos).

Consequentemente, pode acarretar preocupações para a família, que aumentam a oferta de leite de vaca integral e suplementos lácteos, que contêm proteínas e sódio, em quantidade excessiva, além de gordura saturada.

Para que serve e quando dar a fórmula infantil?

O Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sempre destaca a importância do aleitamento materno exclusivo e da manutenção da amamentação até dois anos ou mais.

Sendo assim, a fórmula deve ser utilizada apenas quando há absoluta impossibilidade de aleitamento materno.

As fórmulas infantis tentam ser o mais próximo possível do leite materno, e para isto seu conteúdo é modificado em açúcar, gordura e proteínas, e são acrescentadas vitaminas e minerais de tal maneira que procure ter, do ponto de vista da quantidade, composição semelhante ao leite da própria mãe. Regulamentado pela Anvisa, também não tem corantes e nem glúten. 

Qual a diferença entre leite em pó e composto lácteo?

A disponibilidade no mercado de diferentes produtos à base de leite de vaca com composição nutricional variável e que se encaixam na definição de compostos lácteos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no Brasil.

Adicionado a isso, há um marketing substancial, que declara de forma consistente benefícios do seu uso à saúde. Esses produtos muitas vezes apresentam informações de rotulagem pouco claras, misturando produto para adultos com outros destinado às crianças.

Os rótulos atrativos mostram a adição de vitaminas, minerais e outros aditivos, e muitos pais acabam comprando o composto lácteo acreditando se tratar de um produto mais nutritivo. Por isso, vale ressaltar que este alimento ultraprocessado não é como a fórmula e tampouco, como o leite.

Esta situação tem trazido preocupações para os profissionais de saúde infantil, quanto ao consumo dos compostos lácteos por lactentes, e isso tem levado à maior necessidade de dimensionar cientificamente a contribuição destes produtos para a saúde das crianças.

Quando comparados ao leite de vaca integral, as fórmulas infantis de primeira infância registrada na ANVISA e alguns compostos lácteos pediátricos apresentam menores teores de proteína e sódio, e maiores teores de glicídios, ferro, zinco, e vitaminas A e D. Além disso, podem conter ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LCPUFAs, especialmente o ômega-3 que é muito importante no desenvolvimento do sistema nervoso) e prebióticos (inulina, polidextrose, GOS e FOS) e redução de proteínas e de sódio, tudo de forma a se adequar às necessidades da criança nessa faixa etária, já que o leite em pó nada mais é que resíduo sólido que sobra do leite da vaca depois de evaporada sua água. Para cada 100 ml de leite, sobram 12,5 g de pó e não há nenhuma modificação em termos de composição.

Neste contexto, no acompanhamento pediátrico, o importante é assegurar o adequado crescimento e desenvolvimento da criança com o oferecimento da melhor alternativa de nutrição. Assim, é fundamental recomendar a amamentação por dois anos ou mais e estimular o consumo de alimentos de elevado valor nutricional.

As fórmulas de primeira infância e os compostos lácteos, apesar de dispensadas do uso rotineiro e obrigatório, podem ter indicações em condições específicas, cabendo ao pediatra estar atento à necessidade de suplementação e adequação alimentar em determinados contextos como em situações de risco, como a seletividade, anorexia, picky eating, entre outras doenças e deficiências nutricionais.

Conte com a Dra. Anita Pediatra para o acompanhamento correto.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria.

Perguntas Frequentes

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Sobre a Dra. Anita

Prazer, eu sou a Anita! Sou médica pediatra formada há 10 anos pela Faculdade de Medicina da USP e associada a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
Me dedico ao cuidado da saúde das crianças, diagnosticando e tratando doenças, mas, sobretudo, orientando sobre a prevenção de problemas de saúde.
Minha missão é garantir uma infancia saudavel e com bons hábitos, para que tenhamos no futuro adultos também saudáveis e livres de doenças crônicas.

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